Flow Podcast e marketing digital: o poder da influência e a relação das marcas
A internet é feita de momentos e principalmente polêmicas. O assunto da vez, ou melhor, o desta semana é sobre o Flow Podcast.
Você já deve saber o motivo de tamanha repercussão e comentários nas redes sociais.
O assunto foi parar nos trends do Twitter, nos stories do Instagram, nos vídeos em alta do YouTube, episódios de podcasts e até nas postagens do LinkedIn.
O Flow Podcast foi exemplo de como uma marca pode ser destruída e afetada por conta de uma fala preconceituosa e criminosa, que levou à quebra de parcerias e contratos de patrocinadores.
Comentários não faltaram sobre o tema e o blog de hoje aborda a importância de uma comunicação humana, verdadeira e respeitosa e também levanta a seguinte problemática: é possível as marcas patrocinadoras se protegerem das crises de quem elas apoiam?
Acompanhe o caso e descubra como a sua empresa, que patrocina influencers, pode se proteger de atitudes inesperadas.
Entenda mais sobre o caso
Veiculado desde 2018 no YouTube e nas plataformas digitais, o Flow Podcast se tornou um dos maiores podcasts do Brasil, conhecido pela participação de artistas, criadores de conteúdo, youtubers, e gamers, além de personalidades políticas.
Sem ser um programa de entrevista e caracterizado apenas como uma simples conversa, não era novidade falas polêmicas durante as gravações.
Entretanto, no dia 8 de fevereiro, o nome do podcast aparece entre os assuntos mais comentados na internet.
O motivo foi o episódio #545, transmitido na noite de segunda-feira, 7.
Bruno Aiub, conhecido como Monark e apresentador do Flow Podcast, junto de Igor, recebeu como convidados os deputados Tabata Amaral e Kim Kataguiri.
Durante a conversa, Monark disse aos convidados que achava que o Brasil tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei.
Em pouco tempo, ao longo do dia, o público começou a pressionar tanto o podcast como as marcas patrocinadoras, que não demorou muito para se manifestarem anunciando quebra de contratos e eliminação de vínculos.
Atenção com o que você patrocina!
Em 30 dias, o podcast teve:
- 20 milhões de streamings (acessos nas plataformas de áudio digital);
- Contabilizou uma audiência de 1,3 milhão de pessoas;
- No YouTube, o canal que exibe as entrevistas ao vivo, conta com mais de 3,6 milhões de inscritos e mais de 15,3 milhões de visualizações.
Estes são os dados que estão no mídia kit do Flow, publicado no site oficial.
Com uma audiência dessa, é impossível não querer que a sua marca apareça nas divulgações, certo?
Entre as marcas parceiras ou que já fizeram ações comerciais no podcast, estavam: Amazon, Finclass, Puma, Bis, IFood, Ragazzo, Flash Benefícios, Cariocão, Sportsbet, Insider Store, Philip Mead.
Porém, o que aconteceu foi o seguinte:
Indignado com a fala do apresentador, o público começou a cobrar uma atitude e posicionamento dos patrocinadores do programa.
Não demorou muito para que todas começassem a se pronunciar pelas redes sociais.
O iFood, BIS, Puma, WiseUp e Ragazzo disseram repudiar a fala de Monark e explicaram que no passado chegaram a fazer ações comerciais no podcast, porém, não possuem mais contratos com o programa e nem com o apresentador.
Outras empresas como a Amazon, Flash Benefícios, Insider Store, Fatal Model e Philip Mead, que estavam com contratos em aberto, informaram que as parcerias serão encerradas e recorçaram a opinião contrária do apresentador.
O desfecho
Com a repercussão, os Estúdios Flow, que é responsável pelo gerenciamento do podcast, declarou em nota que Monark não faz mais parte da equipe e que o episódio da segunda-feira seria deletado de todas as plataformas.
Marcas: como se proteger da crise em uma situação como a do Flow Podcast?
Situações como a do Flow Podcast mostram o cuidado que é preciso ter entre marcas e patrocinadores.
Muitas vezes, elas podem enfrentar uma crise por causa de opiniões intoleráveis dos influenciadores ou porta-vozes que os patrocinam.
É praticamente impossível prever o futuro e identificar se a pessoa que você apoia vai fazer comentários absurdos, porém, há meios para prevenir certos tipos de situação.
Algumas dicas para se proteger da crise em uma situação como a do Flow Podcast são:
- Entender a importância de um porta-voz para a sua marca;
- Saber a responsabilidade que o profissional carrega com tal parceria;
- Antes de assinar qualquer contrato, deve-se estudar o comportamento do influenciador ou do apresentador do que quer que seja patrocinado;
- Se estiver com dúvida, fale com a pessoa;
- Caso se sinta inseguro, o indicado é não prosseguir no contrato.
Mesmo que as conversas e estudos não sejam suficientes, existem outras formas para haver o resguardo.
As empresas podem antecipar ações nos contratos e identificar atitudes que condizem com os valores da marca, além de contarem com uma cláusula no contrato prevendo esse tipo de situação e mencionando a não concordância com falas ou situações.
O Marketing de Influência faz parte das estratégias de marketing digital e é uma excelente maneira para elevar o nome da sua marca, visto que ele tem a capacidade de influenciar pessoas, aumentar o posicionamento da marca e até os processos de vendas, mas desde que seja usado com respeito por todas as partes.