Publicidade para advogados nas redes sociais: OAB vai avaliar liberação
Uma importante mudança pode estar para acontecer quando o assunto é publicidade para advogados nas redes sociais. A novidade anunciada nesta semana deve ditar as novas regras de publicidade para advogados já a partir de abril.
O motivo dessa mudança é que o coordenador do Grupo de Trabalho da Publicidade do Conselho Federal da OAB, Ary Raghiant Neto, enviou ao presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, uma proposta com novas regras sobre publicidade para advogados nas redes sociais, alterando o Provimento 94/2000.
Com isso, uma das mudanças que estão dentro desta proposta é a redução das restrições para publicidade nas redes sociais, além do uso do Google Ads. O texto ainda é mais amplo, e autoriza o impulsionamento e patrocínio de postagens, desde que sem oferta de serviços.
Quer entender mais sobre o assunto? Confira nosso artigo sobre o tema!
A importância a publicidade para advogados nas redes sociais
O coordenador do Grupo de Trabalho da Publicidade do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil acredita que a produção e divulgação de conteúdo e assuntos técnicos ou jurídicos é compreendida como uma estratégia de marketing permitida.
Em nota, ele disse que, por ser indispensável à justiça, também cabe à advocacia, além de defender os direitos de nossos constituintes, fomentar e viabilizar o acesso à informação e ao conhecimento.
Esse movimento já acompanha o que os novos profissionais da área, principalmente os recém-formados, vêm fazendo. A forma de comunicação pelas redes sociais já é amplamente difundida, com a divulgação de conteúdo sobre suas áreas de atuação, conseguindo consolidar sua imagem no mercado.
A proposta também permite que advogados façam lives nas redes sociais e vídeos no YouTube, além de usar ferramentas de automação, como o chatbot.
A expectativa de mudança
Com a proposta apresentada ao Colégio de Presidentes e ao pleno do Conselho Federal da OAB, a expectativa é que seja corrigido um atraso gigante que a profissão vem passando.
A Jovem Advocacia tem aguardado ansiosamente um novo parâmetro para reduzir o grau de insegurança que o texto atual proporciona. Tudo isso em razão dos conceitos abertos e do atraso de 20 anos do antigo Provimento, que não acompanha as novas ferramentas de comunicação do mercado, que são as redes sociais.
A medida que deve apoiar o marketing digital para advogados foi construída após ouvir 100 mil advogados.
O que está em discussão?
De setembro de 2019, Raghiant Neto vem fazendo uma série de reuniões com seccionais da OAB de vários estados. Além disso, foi aberta uma consulta para ouvir a advocacia a respeito das regras de publicidade.
A consulta foi feita a partir de seis perguntas:
- É a favor da publicidade/propaganda da advocacia em redes sociais?
- É a favor da flexibilização das regras de publicidade da advocacia?
- É a favor da utilização de plataformas digitais para intermediação e divulgação de serviços profissionais?
- É a favor da divulgação de serviços jurídicos específicos?
- Devem ser regulamentados limites da publicidade da advocacia nas redes sociais (p.ex.: patrocínio de postagens, comentários de casos concretos, etc.)?
Em meio à pandemia no ano de 2020, cerca de 13 mil profissionais já tinham se posicionado sobre o assunto. Até aquele momento, mais de 82% se mostraram favoráveis à publicidade e propaganda da advocacia nas redes sociais.
Além disso, cerca de 83% disseram que são a favor da flexibilização das regras e 79% já sinalizaram que queriam utilizar plataformas digitais para intermediação e divulgação dos serviços. O novo provimento deve contemplar os desejos dos advogados.
O novo texto vai permitir o uso das redes sociais, discutindo a possibilidade de links patrocinados. A proposta pretende contemplar a maioria do que foi pedido pelos jovens advogados.
No entanto, tudo depende do Conselho Federal, que deve avaliar até o fim do mês de abril.
Como a norma atrasada atrapalha a publicidade para advogados nas redes sociais
Atualmente, são três as normas que preveem o que o advogado pode fazer em termos de publicidade e propaganda e quais são as eventuais punições para o profissional que ultrapassar a linha do que é considerado tolerável:
- o Código de Ética e Disciplina da OAB (Resolução 2/15),
- o Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94),
- o Provimento 94/2000.
Segundo a maioria dos advogados, as regras atuais estão defasadas, levando em conta que o provimento começou a valer em 2000, quando as redes sociais não tinham tanta força e o marketing digital não era tão difundido como hoje.
Aqui, temos um resumo de como serão as principais mudanças e de como é a proposta na íntegra.
Conclusão
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