O que é Clubhouse?
Não, nós não vamos falar sobre o Clubhouse, aquele hambúrguer do McDonald’s.
Clubhouse é um aplicativo de rede social para bate-papo com áudio. A princípio disponível apenas para convidados e dispositivos iOS, a rede foi lançada em abril de 2020 pela Alpha Exploration Co. Em dezembro de 2020, foi avaliada em quase US$100 milhões e em janeiro de 2021, a avaliação já atingiu mais de US$1 bilhão.
No Brasil, as buscas pelo termo que dá nome ao app no Google saltaram, entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro, em 525% em relação à semana anterior.
O aplicativo ganhou popularidade nos primeiros meses da pandemia de COVID-19, por fornecer uma grande variedade de clubes e salas virtuais com conversas sobre diversos tópicos, talk shows, música, networking, namoro, performances e discussões políticas.
Basicamente, o Clubhouse lembra muito um podcast, só que bem mais interativo!
Como o aplicativo Clubhouse funciona?
Para criar uma conta no Clubhouse é necessário receber um convite de um contato que já usa a rede social, o que torna o app extremamente exclusivo, uma vez que o número de convites é limitado.
Ao se cadastrar, o usuário tem a opção de selecionar os seus tópicos de interesse, além de ter a possibilidade de seguir influências com o intuito de participar das salas de conversa.
A plataforma funciona por meio de clubes e salas em grupo em que os participantes só podem se comunicar por áudio — o aplicativo não permite o envio de fotos ou mensagens de texto nas conversas. Além disso, os chats ocorrem sempre ao vivo, e as salas possuem os “speakers”, usuários que podem falar durante a conferência, e os “listeners”, que são os ouvintes da conversa.
O usuário pode entrar e sair de várias salas, sobre vários tópicos, simplesmente sendo um ouvinte, um palestrante ou um moderador. Os tipos de salas que você verá serão baseados em quem você escolhe seguir, quem está em sua lista de endereços e também selecionar seus interesses e hobbies.
Há três tipos de salas: as públicas, em que qualquer membro pode entrar; as sociais, que são menores e restritas às pessoas que o criador da sala segue; e as privadas, em que o usuário pode controlar quem entra ou sai.
A rede social permite criar grupos ou eventos para discutir um tema específico, o que torna as salas ainda mais direcionadas.
Quem usa o Clubhouse?
O novo app alcançou grande popularidade nas últimas semanas, e chamou a atenção de personalidades como Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que inclusive, já participou de bate-papos na plataforma. A exclusividade também permitiu que celebridades como Oprah Winfrey, Terry Crews, Jared Leto, Drake, Ashton Kutcher e Elon Musk interajam com fãs em canais de discussão.
O limite máximo de membros para o bate-papo é de até 5 mil participantes até o momento, e os clubes não ficam mais visíveis na plataforma assim que os chats ao vivo terminam.
A rede também é popular para networking e discussões informais para as indústrias criativas e tem feito muito sucesso no mundo do Marketing Digital, graças ao acesso de grandes empresas e influências no assunto.
Apesar de a plataforma estar disponível apenas para dispositivos iOS, uma versão para Android já está em processo de desenvolvimento, segundo os criadores. Contudo, ainda não há previsão de lançamento.
Eu ouvi RESULTADOS?
Mesmo sendo uma rede tão fechada -ainda-, o Clubhouse já passou o Tik Tok em interesse na internet brasileira. Nas últimas semanas, o Brasil foi um dos dez países que mais buscou por “Clubhouse”.
Acredite ou não, excluir o Android foi uma estratégia de negócio. A empresa optou pela estratégia de criar a sensação de escassez: poucos convites e menos acessos. As definições de FOMO (sigla para “medo de ficar de fora”, em inglês) não cessam de ser atualizados no aplicativo.
Ter atenção do usuário hoje em dia vale ouro, mas antes, você precisa validar o seu produto com um grupo menor de pessoas antes de expandir muito rapidamente.
Analisando as redes que já fazem parte da nossa rotina, o Facebook trouxe o compartilhamento de ideias por texto, o Instagram: imagem, o Twitter é onde expressamos opinião, o LinkedIn é uma rede de trabalho e agora o Clubhouse traz a voz. Para o momento do áudio digital no mundo, faz todo sentido. E isso diz muito sobre o dinamismo do mercado atual e também sobre a estratégia de “exclusividade” que eles escolheram. E eis a importância de não se acomodar!
Nesse novo mundo uma novidade simples pode gerar grandes resultados do dia pra noite e afetar muito o seu negócio, qualquer que seja.
Conclusão
Após a ascensão das Lives no Facebook, Instagram e no YouTube, agora é a vez de “lives de áudio” no Clubhouse.
A atenção plena é a nova moeda social. Dominá-la é como encontrar ouro no mundo do marketing e o Clubhouse, certamente, pode ser uma boa fonte, não só para pessoas, mas também para marcas criarem estratégias de humanização de forma inteligente e promover debates e trocas construtivas.
É inegável a quantidade de oportunidades de networking, negócios e aprendizados trazidos pelas redes sociais em geral.
Como sempre falamos por aqui, não existe receita de bolo pra isso, mas é certo que, para bombar o seu negócio, seja ele de qual segmento e tamanho for, o combo obrigatório leva estratégia, consistência, recorrência, testagem, coragem e abertura ao novo.
E você, já está no Clubhouse?