Do Facebook a Meta: conheça a nova fase das redes
O Facebook é uma rede social que existe desde 2003. Em 18 anos, ele já contabilizou mais de 2,8 bilhões de pessoas online na plataforma em todo o mundo e também gerencia grandes redes, como o Instagram e o WhatsApp. Para quem achou que a plataforma não poderia se modernizar, o Mark Zuckerberg surge com uma novidade que pode revolucionar o universo digital: a Meta.
Sobre a Meta: o que é?
Durante um evento sobre realidade virtual realizado na última quinta-feira, 28 de outubro, Zuckerberg anunciou que o nome usado para se referir à marca responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp passa a se chamar Meta.
Segundo ele, o nome “Facebook” está ligado diretamente a um produto que não é mais capaz de representar tudo que a companhia faz e que pretende fazer no futuro.
A mudança vem ao encontro do conceito de realidade virtual e internet 3.0, cujo foco é construir comunidade e espaços em ambientes virtuais.
“Com o tempo, espero que sejamos vistos como uma empresa de metaverso e quero ancorar nosso trabalho e identidade na direção do que estamos construindo” relatou Zuckerberg, durante o evento.
Vale lembrar que as redes sociais, agora administradas pela Meta, seguem com o mesmo nome.
A única diferença é que foi centralizada para a Meta, que detém a guarda das plataformas. Assim, o nome completo fica Meta Inc., que substitui o antigo Facebook Inc.
O novo objetivo da Meta: criar o metaverso
Agora que já conceituamos o que é a Meta e conforme mencionamos ali em cima, tal mudança é o princípio para a criação do metaverso – um conceito que se divide entre o mundo virtual e real.
Para Mark, o metaverso é o futuro da Internet e por isso, o Facebook segue com a missão de conectar as pessoas entre si, porém, com o diferencial de criar experiências imersivas para que as conexões possam ter o mesmo grau de presença física e virtual.
Essa mudança visa transcender o conceito que as pessoas têm das redes sociais.
É fato que estamos cada dia mais conectados e interagimos com nossos familiares e amigos por meio de mensagens de texto, vídeo e foto nas redes sociais. E muitas destas interações são limitadas apenas ao visual.
Com o metaverso, a ideia é criar uma experiência em que possamos nos envolver presencialmente com as pessoas através do virtual, por meio dos gestos físicos e linguagem corporal.
Ou seja, a Meta pretende criar ambientes virtuais, que cumpram o objetivo de um encontro, que até hoje só pode ser real.
Como vai funcionar o metaverso criado pela Meta?
Engana-se quem acha que a realidade virtual faz parte de um futuro distante. Estima-se que em até 10 anos, nós vamos interagir com a internet como se estivéssemos “dentro” dela.
Com a mudança de nome, a empresa também já projetou três espaços virtuais e como as pessoas poderão interagir: através do Horizon Home, Horizon Worlds e Horizon Workrooms.
Horizon Home – Espécie de uma casa, o espaço pessoal vai ser projetado a partir do gosto de cada um. Ele será o primeiro lugar onde as pessoas vão entrar para acessar o metaverso.
A Horizon Home busca criar um avatar a partir do perfil físico de cada pessoa, além de ter um guarda-roupa virtual. Podemos definir este espaço como uma casa virtual para os usuários.
Horizon Worlds – Neste espaço, ele funciona a partir do contato social com os amigos. Por meio de mundos virtuais, você poderá compartilhar experiências que dificilmente poderiam ser vividas na realidade física.
Horizon Workrooms – O último espaço busca unir os colegas de trabalho que atuam de forma remota, possibilitando o trabalho colaborativo e a sensação de encontro durante as reuniões.
Características do metaverso
As pessoas terão avatares virtuais que imitam as características físicas e poderão vestir, se exercitar, trabalhar ou conversar com os amigos e parentes.
Isso significa que se você quer fazer uma caminhada com seu amigo, basta que você e ele coloquem os óculos e comecem a caminhar juntos, cada um dentro da sua casa.
Assim, no universo virtual, vocês estarão caminhando juntos.
Entre os destaques do metaverso, estão o teletransporte e os bens virtuais.
No quesito teletransporte, da mesma forma com que clicamos em um link para ser direcionado a uma página da internet, o metaverso vai nos permitir teletransportar para outros mundos virtuais – casa, trabalho, shows, jogos, e muito mais.
Para os bens virtuais, a ideia é que qualquer conteúdo ou objeto pode ser digitalizado para fazer parte do metaverso. Com isso, fotos, livros e jogos de tabuleiro poderão ser imersos no mundo virtual.
Como entrar no metaverso
Para entrar neste mundo virtual, as pessoas vão precisar de óculos e pulseiras especiais que captam os movimentos.
Já existem celulares e visores de realidade virtual, como o Oculus Quest, fabricado pelo próprio Facebook, agora Meta. Além de aplicativos, como o Horizon Worlds, que permitem criar seu avatar e viver numa versão tridimensional do Facebook, acessível por um Oculus Quest. Porém, a aposta é que toda a internet seja acessada desta forma e não só as redes sociais.
Para que isso se torne mais acessível, a Meta já está trabalhando para desenvolver produtos, dispositivos e plataformas para iniciar a habitação neste novo mundo. Lembrando que como parte deste investimento, está o recém-lançado par de óculos da Ray-Ban, chamado Ray-Ban Stories, que possui câmeras para gravar conteúdos do seu próprio ponto de vista.
Isso é tão black mirror!
O Facebook se tornou algo além de uma simples rede social e tudo indica que ele ainda vai revolucionar muito a internet. O que assistimos em Black Mirror está se tornando uma realidade cada vez mais próxima.
E você, o que achou da criação da Meta do metaverso? Isso te assusta?
Conta pra gente o que achou e se você tem interesse em estar neste novo universo virtual.